A ideia era dar aos objetos comuns que nos rodeiam todos os dias, um novo e extraordinário significado.
Encontrei o tema do espanto na primavera, que todos os anos nos surpreende com uma explosão para os sentidos, quando a natureza renasce.
Contei a história mostrando dois objetos simples.
O primeiro é um regador, enquanto o segundo é uma janela.
A história começa com o uso de um regador.
Graças a isso, nasce a primavera, cujo símbolo é a hera que se espalha.
Isso é o que vemos na primeira janela.
Na segunda, mostra-se uma janela aberta, que é um convite para que a primavera entre em nosso lar.
É a hora do chá com a nova estação.
A janela comum é o início de uma brisa fresca de primavera em nosso interior.
O espanto esconde-se nos objetos habituais graças aos quais experimentamos a magia da primavera.
O protagonista de ambas as cenas é uma pessoa invisível, que poderia ser qualquer um de nós, maravilhados com a beleza do renascimento da natureza.
O design é muito detalhado. A maioria dos itens são feitos à mão.
Entre outras, temos flores de papel, pássaros em feltro ou nuvens esculpidas.
Mais de 120 folhas foram tricotadas para a cenografia.
Eu acho que o artesanato é uma das partes cruciais deste projeto.
Nos tempos de busca por inovação e design em constante mudança, aqui estamos de volta ao passado, onde a beleza e a qualidade eram alcançadas pela arte artesanal e demorada.
A escolha de técnicas conhecidas, e supostamente ultrapassadas, é um exemplo de que as soluções e materiais tradicionais ainda podem encontrar o seu lugar nos dias de hoje, emocionar e voltar a surpreender.
A produção dessas janelas era um coletivo social.
Os elementos utilizados foram produzidos apenas por subcontratados locais e estudantes.
Apostamos nos trabalhos manuais não só para detalhes ou acabamentos, mas também para elementos maiores.
Fonte: Frame I Malwa Rytych Wardzynska
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Robert Swierczynski
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