VIPP GARAGE

Um centro cultural harmonioso, o Vipp Garage é inaugurado no bairro de Brygge, em Copenhague.

“A arquitetura é um pouco como a música”, diz o arquiteto Frank Maali. 

“Você compõe. Você tenta coisas e distorce as coisas para ter uma ideia do que é certo”. 

Maali está falando sobre o design da Vipp Garage, a mais recente adição à sede da marca dinamarquesa no bairro de Islands Brygge, em Copenhague. 

O campus compreende estruturas baixas e antigas industrias, todas convertidas por Maali e Gemma Lalanda, que montaram seu estúdio conjunto em 1998 e começaram a colaborar com a Vipp em 2004 em diferentes momentos.

“A garagem foi a última estrutura no local a ser desenvolvida”, diz o CEO da Vipp, Kasper Egelund. 

“Seis anos atrás, os arquitetos fizeram uma proposta e obtivemos a aprovação das autoridades de planejamento”.

No entanto, os planos de construção pararam porque Egelund não queria perturbar as pessoas nas proximidades, incluindo a Sala de Concertos Mogens Dahl, com um canteiro de obras. 

Mas a pandemia o ajudou a realizar seus planos. 

“Estava quieto e as coisas estavam fechadas, então não havia muitas pessoas para perturbar”, diz ele. 

O projeto transformou uma garagem abandonada de meados do século, em um espaço flexível para sediar atividades culturais, incluindo exposições, palestras, boates e eventos musicais. 

Abrangendo 200m² no total, o espaço é uma combinação de tecido de construção antigo e novo em aço, concreto, tijolo e vidro. 

Os pisos são feitos de seixos de concreto preto polido e as paredes são revestidas com placas de aço escuro patinado. 

Enquanto isso, um pátio foi cortado na estrutura existente para trazer luz ao interior, e há um terraço na cobertura, também disponível para eventos. 

O edifício foi projetado em estreito diálogo com seus vizinhos no local.

“Pertence a uma família de prédios”, diz Maali. 

“A música que tocamos nos outros prédios empresta suas notas e ritmo a este”. 

“E essa arquitetura é única para o local, foi feita especialmente para este local”. 

“É nossa linguagem e nossa arquitetura para esta situação”. 

Ao que Egelund acrescenta, voltando às referências musicais, “e se você viajar pelo nosso site, poderá ver os arquitetos comporem seu próprio tipo de música aqui”.

Fonte: Wallpaper I Ellie Stathaki

Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br

Imagem: Ramus Hjortshoj