Pessoas ao redor do mundo estão experimentado o auto isolamento. A revista inglesa Dezeen perguntou ao arquiteto ucraniano Sergey Makhno como nossas casas mudarão depois que a pandemia terminar.
Segundo os editores da Dezeen, nossas vidas após o surto Covid-19 não serão mais a mesma. Valores mudarão, nossas vidas e hábitos mudarão e nossas casas também mudarão sob estas influências.
Para Makhno, as pessoas preferirão casas e não mais apartamentos. Os edifícios foram criados para organizar muitas pessoas em um só local. Será necessário reduzir o contato com todas as coisas: elevadores, botões, maçanetas, superfícies e vizinhos. As casas, por menor que sejam, oferecem varandas, terraços e jardins. Para o arquiteto, embora a função primordial da casa seja a segurança, é possível que as pessoas construam casas como fortalezas discretas para se prevenir do clima, de animais predatórios e efetivamente como isolamento social.
Bunkers serão melhores que open-plan. Se já havia esta tendência, isto agora está mais assimilado. “Nós podemos dar adeus aos espaços abertos: hall de entradas, livings, sala de almoço e cozinhas não ficarão mais abertos. O vestíbulo será separado aonde você deixará sapatos e roupas que usamos na rua”, diz o arquiteto.
“Os prédios e casas do futuro serão orgulhosos e independentes, com o seu próprio suprimento de água e calor. Poços termais já estão ganhando popularidade. Mini estações gerarão alternativas de forças. A meta é a independência do mundo lá de fora, minimizando os riscos em caso de uma nova paralização”, acrescenta Sergey.
Durante a quarentena, a maioria foi forçada e trabalhar em casa. Haverá uma nova organização espacial nos projetos. Trabalhar em casa não será mais uma paródia: mesa, cadeira e uma luminária no canto da casa ou embaixo de uma escada. “Agora os escritórios serão amplos, com grandes janelas, cortinas, mobiliário confortável e muito bem equipados com tecnologia. Isto convencerá as grandes empresas a aceitarem esta nova realidade”.
O arquiteto ainda aponta que pequenos jardins, varandas, pequenas hortas se transformarão em um verdadeiro boom.
Nos comentários abaixo você encontra as opiniões de arquitetos e designers que concordam ou discordam de Sergey Makhno. Faça você também um comentário. Deixe sua opinião.
Sylvia Al-Masani says
Excelente artigo. Eu procuro há dias por matérias que tragam ideais reais e cenários sobre o pós pandemia,
Richard Epstein says
Ideais interessantes! Eu discordo que a mentalidade bunker predominará nos projetos residenciais. As pessoas procurarão por comunidades após nosso imposto isolamento. Eu espero mais caminhos acessíveis, como caminhar ou ir de bicicleta para nossos locais de trabalho.
Igor Wallance says
Concordo em termos. Cada país, região e cidade têm cultura, peculiaridades, entornos e arquitetura diferentes, além de diferenças sócio econômicas. Cada arquiteto ou designer terá que projetar levando em consideração esta nova realidade agravada pelo vírus.
Marikka Hosten says
Provavelmente Makhno está considerando a realidade e a arquitetura de Kiev. Nos grandes centros urbanos apenas uma pequena parcela, que contrata um arquiteto, terá condições de usufruir dos pontos destacados por Sergye. Mas olha aí! Apesar de tudo, que boa oportunidade para arquitetos apresentarem novas ideia.
Julio Hernandez says
Marikka está certa. Como arquiteto tenho que observar a minha realidade e apresentar propostas condizentes. Sergey também está certo: teremos novos desafios e nós, arquitetos, poderemos ajudar muito.