Por Nolan Giles
Um segundo Salone del Mobile?
Esta é uma pergunta que eu dificilmente imaginaria fazer no final de um típico de abril em Milão, queimado de sol, exausto e, provavelmente, um pouco de ressaca após uma semana cobrindo o maior e mais importante evento do mundo do design.
Mas a Milano Design City, que terminou neste sábado, está mostrando que essa indústria pode se beneficiar de um evento menor e mais focado no comércio.
E apesar de uma pandemia global, a cidade italiana fez isso com estilo.
Como revelamos em outros relatos, showrooms de móveis e galerias em toda a cidade abriram suas portas para a imprensa internacional e compradores de móveis no que é em grande parte um caso “Made in Italy”.
No Salone del Mobile, megamarcas como Samsung e Louis Vuitton reforçam suas credenciais de design ao atrair milhares de visitantes para dentro de seus negócios, criando um benefício econômico para Milão.
Enquanto isso, a voz da própria indústria de móveis (uma entidade menor no grande esquema das coisas) às vezes é abafada por essa barulhenta jamboree de marketing.
Em reuniões e vitrines mais íntimas, o Milano Design City ofereceu em tempo real encontros entre clientes e chefes de empresas de móveis (cobertos por máscaras), e dando aos designers criativos um tempo para contar suas histórias aos amantes do design – como eu – de uma forma genuína e de maneira convincente.
E eu fico agora no aguardo de uma segunda rodada em 2021, e espero que sem as máscaras.
Fonte: Monocle
Tradução I Edição: www.pauloguidalli.com.br
Imagem: VosgesParis – Rossana Orlandi Milano
Deixe um comentário