A inspiração para o design de interiores veio da natureza estoniana e de uma lenda local sobre o Lago Ülemiste, localizado perto do hotel.
Os designers do Aure Studio buscaram capturar o espírito do lugar, não literalmente, mas por meio de uma paleta de cores, materiais, iluminação e estrutura espacial.

“A natureza estoniana tem algo de místico, quase de conto de fadas”, diz a do estúdio.
“Por um lado, tínhamos este edifício de hotel industrial com concreto aparente e envidraçamento de grande formato e, por outro, queríamos introduzir suavidade, luz e formas orgânicas para equilibrar essa crueza e criar uma atmosfera acolhedora”.

“Os interiores fazem referência sutil, mas distinta, ao mundo subaquático”.
“Você encontrará móveis com formas orgânicas, mesas de madeira que lembram nenúfares, detalhes em metal com texturas irregulares e, acima de tudo, o vidro, que desempenha um papel central neste projeto”.

As instalações artísticas em vidro foram criadas por Edyta Barańska, da Barańska Design.
No foyer do hotel, foi projetado uma composição inspirada em um cardume de peixes, feita de vidro moldado à mão.

No restaurante, um baixo-relevo tridimensional evoca a superfície da água com plantas submersas, com quase 2,5 metros de comprimento.
Ambas as obras são mais do que decoração, são parte de uma narrativa sobre o lugar, sua história e sua atmosfera.
A equipe buscou formas que refletissem a natureza ‘vulcânica’ do vidro, sua qualidade escultural e, ao mesmo tempo, harmonizassem com a arquitetura do hotel e o clima da cidade.

Um dos elementos mais marcantes do projeto é o balcão de vidro, criado por Edyta Barańska especificamente para o restaurante do hotel.
Não se trata apenas de um móvel funcional, mas também de um objeto artístico, uma monumental placa de vidro que se assemelha a uma estrutura subaquática coberta de algas.
O bar complementa perfeitamente o conceito geral do interior, conectando o mundo natural com o design contemporâneo.

“Sempre que trazemos artistas, oferecemos uma direção, mas nunca impomos uma visão rígida”.
Inicialmente, a fachada de vidro do edifício representava um desafio, em dias ensolarados, os interiores eram muito claros e desconfortáveis.
“Projetamos um sistema de painéis perfurados e cortinas transparentes que não só resolveu o problema do excesso de luz, como também introduziu uma qualidade visual totalmente nova”, explica o escritório.

Ao longo do dia, a luz desenha padrões diferentes nas paredes, o interior muda e surpreende.
Para o Aure Studio, a arte não é um acessório no design de interiores, especialmente em espaços públicos, mas uma necessidade.

E é justamente por meio da emoção que o design constrói uma conexão com o hóspede.
É um projeto onde arquitetura, arte e funcionalidade dialogam em uníssono, e a confiança entre os criadores se mostra fundamental.
Fonte: Archello
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Moodauthors
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