Ir ao cinema é uma experiência incomparável de mergulhar em um mundo diferente, uma realidade paralela de magia e fantasia.
É exatamente esse o clima que o Teatro Vivo, novíssimo projeto de arquitetura de cinema em São Paulo, almeja alcançar com seu novo projeto liderado pelo arquiteto Greg Bousquet.
A equipe de Bousquet trabalhou com uma estrutura já existente, pois a sala de cinema fica dentro da Vivo, um edifício comercial de uso misto no centro de São Paulo.
“O desafio era criar um teatro-conceito onde buscássemos valorizar a construção a partir de estruturas pré-existentes, que foram deixadas em evidência, enquanto fornecíamos inovação por meio de revestimentos, cores, texturas e iluminação”, lembra o arquiteto.
Ao mesmo tempo, os designers fizeram questão de levar em consideração a experiência dos visitantes, os frequentadores do cinema, e dos funcionários, que diariamente entram no espaço para ajudar na operação do cinema.
O escritório optou por fazer as necessárias distinções entre estes usos através da iluminação inteligente, iluminando de forma diferente as áreas de acordo com as suas funções distintas.
Na verdade, a iluminação e a cor foram elementos-chave no desenvolvimento do design.
As texturas, as cortinas de veludo encontradas na área do foyer e as placas acústicas da sala com tela de 272 lugares, por exemplo, ajudaram a construir o efeito desejado também.
“O próprio teatro está dividido em dois universos”, diz o arquiteto.
Acima, as placas acústicas em uma reinterpretação de câmaras não reflexivas, historicamente utilizadas para diversos fins, têm seu uso como isolador de som restabelecido, e seu potencial gráfico e estético explorado na sala de concerto.
A autenticidade da composição revela a extensa pesquisa em técnicas acústicas.
A parte inferior da sala é forrada a madeira para refletir o som e trazer uma sensação de conforto aos espectadores.
O design combina geometrias poderosas, cores e um toque de magia, equilibrando as realidades e demandas pragmáticas da estrutura existente com a emoção da tela de cinema.
É um exemplo de como a arquitetura do cinema pode elevar e transformar, demonstrando como a arte e a técnica se encontram.
Fonte: Wallpaper I Ellie Stathaki
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Ricardo Bassetti
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