Qual seria o lugar mais macio da terra para descansar a cabeça? Essa é a pergunta que Andrés Reisinger fez a si mesmo antes de projetar a Poltrona Hortensia, ao lado de Júlia Esqué.
O que trouxe vocês dois ao design?
Andrés Reisinger: Desde pequeno sempre adorei criar coisas do zero.
Quando meus colegas desejavam jogar videogame, minha aspiração era criar videogame.
Eu acho que você poderia dizer que isso foi o começo, e cresceu ainda mais em minha paixão pela criação.
Júlia Esqué: Há muito tempo me interesso por objetos e continuo curiosa.
Meu processo de design é baseado em experimentação, modelagem e iterações e isso ocasionalmente me leva a resultados inesperados.
Então, é um processo de aprendizado contínuo que me preenche no dia a dia.
Quais foram suas primeiras expressões artísticas de que você se lembra?
AR: Eu não seria capaz de me lembrar das minhas primeiras expressões artísticas, mas sempre senti uma certa centelha artística dentro de mim.
Também estudei música no conservatório de Buenos Aires desde muito jovem.
Isso me ensinou a vincular meus impulsos artísticos à disciplina, o que é crucial se você deseja alcançar algum domínio.
JE: Mesmo que meus pais não trabalhassem com vocações artísticas, meus avós trabalharam.
Minha avó era professora de cerâmica e meu avô ferreiro.
Lembro que visitar a oficina de metal do meu avô era como visitar um parque de diversões.
A Poltrona Hortensia acabou ganhado vida própria. Como isso aconteceu e você esperava que acontecesse?
AR: Aconteceu naturalmente.
Nossa missão com a Júlia foi dar vida à Poltrona Hortensia e depois mostrar a nossa criação para o mundo.
O resto aconteceu organicamente, sem que estivéssemos diretamente envolvidos.
Em que ponto você, Andrés, percebeu que precisava da experiência da Júlia para a Hotensia?
AR: Eu sabia que precisava me juntar a alguém para este projeto.
Entrei em contato com várias equipes de produção e parceiros de fabricação diferentes, mas ninguém estava confiante em obter a mesma aparência das renderizações.
Aí pensei na Júlia, que era minha amiga e designer de produtos com foco em têxteis, e juntas criamos um processo de produção totalmente novo para fazer essa cadeira.
Como você conheceu a Moooi e o que fez procurar a Moooi pela Poltrona Hortensia?
AR: Conheci Marcel, cofundador da Moooi, há vários anos.
Mantivemos uma boa conexão e acompanhamos o trabalho um do outro desde então.
Quando Júlia e eu sentimos a necessidade de ampliar a exposição e acessibilidade da Hortensia, a primeira coisa que me veio à mente foi Moooi, pois eles canalizam a ligação entre o mundo da arte e o produto que parecia exatamente certo para a Poltrona Hortensia.
JE: A cadeira evoluiu em diferentes estágios de sua vida.
Não apenas do virtual ao físico, mas também de uma edição limitada artesanal a um produto industrial disponível em todo o mundo.
Parece uma evolução natural e não poderíamos imaginar uma marca melhor usando a Poltrona Hortensia quando apresentamos a cadeira física de volta em 2019.
Fonte: Moooi
Tradução I Edição: www.pauloguidalli.com.br
Imagem: Mooi
Entrevista completa: https://www.moooi.com/en/story/meet-andres-reisinger-julia-esque?utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_campaign=newsletter_designer_bio&utm_content=designer_page
Conheça a Poltrona Hortensia: https://www.moooi.com/en/story/wake-up-in-blooming-blossoms-with-the-hortensia-armchair
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