A Novopan é a maior indústria de painéis melamínicos do Equador.
A encomenda ao escritório Diez + Muller Arquitectos surgiu da necessidade de desenvolver um projeto de novos espaços administrativos e serviços para a fábrica recentemente ampliada.
Os proprietários haviam designado um antigo estacionamento no terreno da planta industrial existente para este projeto.
Este terreno plano e de pequena área implicou o escritório a desenvolver um edifício com pelo menos cinco pisos para reunir o extenso programa necessário.
A equipe identificou uma oportunidade ao encontrar um talude alongado e de forma irregular junto à fábrica existente, que permitiu desenvolver o mesmo projeto em apenas dois pisos.
Ao associar o novo projeto à fábrica, consegue-se um melhor relacionamento, controle sobre a operação e a possibilidade de conectar e aproximar a força de trabalho da parte administrativa.
Ao implantar o edifício na encosta, conseguisse fazer dos novos escritórios a cara da empresa para a cidade, reduzindo a forte presença de galpões industriais e gerando uma nova escala, mais humana e amigável.
E por fim, a equipe aproveitou os espaços “residuais” entre o edifício de escritórios e a fábrica inserindo áreas de apoio e serviços.
O edifício principal assenta numa inclinação curva, adaptando-se à sua forma natural e gerando uma referência à sinuosidade da autoestrada contígua.
Os escritórios localizam-se ao nível do rés-do-chão em “forma de cobra” conseguem funcionar na horizontal que permite e motiva a fácil comunicação e proximidade entre as diferentes divisões da empresa.
Esta ideia é reforçada com um átrio central, que integra os dois pisos e é onde existe a maior comunicação física e visual do edifício.
O átrio também é o coração do projeto, onde acontecem as atividades sociais da organização e ainda motiva os usuários a se conectarem, se conhecerem e compartilhar.
O projeto busca uma lógica estrutural e construtiva ordenada, flexível e clara.
A planta possui apenas dois eixos equidistantes que definem e compõem a proposta espacial.
A estrutura é composta por lajes pós-tensionadas, vigas de reforço e balanços que geram leveza, dinamismo e sensualidade ao espaço.
No interior, o esqueleto de concreto é visível, definindo o espaço sem maquiagem ou acréscimos, e sendo complementado apenas com detalhes e móveis fabricados na própria fábrica.
A inclinação alongada permite ter um edifício estreito e raso, maximizando a iluminação e ventilação natural e reduzindo as necessidades de consumo de energia.
O sistema implementado de lajes de concreto em balanço e ripas verticais de melamina como um “quebra-sol” protegem os espaços do intenso sol da tarde.
O átrio de pé-direito duplo funciona como um efeito chaminé, ventilando verticalmente o ar natural aspirado através de aberturas nas claraboias superiores que também iluminam o espaço central.
Fonte: Archilovers
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Diez Muller
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