A Longchamp introduziu sua icônica flagship no SoHo, revelando um novo capítulo ousado em sua jornada arquitetônica e artística.
Localizada no coração do centro de Manhattan, a loja La Maison Unique foi transformada em um espaço que une o varejo a uma experiência cultural imersiva, oferecendo mais do que compras, mas um mergulho profundo na filosofia de design, no legado e na ambição criativa da marca.

No centro desta reimaginação está a colaboração renovada entre Longchamp e o renomado designer britânico Thomas Heatherwick.
Quase duas décadas após seu trabalho original no espaço, o arquiteto retorna para reinventar o local com uma nova narrativa.

O resultado é uma mistura cativante de arte, inovação e aconchego parisiense, traduzida em forma arquitetônica.
A reformulação honra a estrutura do edifício original, ao mesmo tempo em que eleva sua finalidade.
Uma das atualizações mais marcantes é a escadaria central reinterpretada.

Originalmente feita de tiras de aço, ela renasceu no verde característico da Longchamp, um caminho vibrante de planos inclinados que guia os visitantes do térreo, como se estivessem subindo uma colina.
O elemento dramático define o tom da atmosfera orgânica e fluida da boutique.
Acima, o espaço comercial foi projetado para parecer menos uma loja e mais um loft sofisticado e habitável.

Tapetes redondos em tons de verde intenso se espalham por colunas acarpetadas sobre pisos de madeira aconchegantes, criando uma interação dinâmica de textura e forma.
Móveis vintage e personalizados, como um sofá croissant dos anos 1970 de Raphaël Raffel e obras escultóricas de David Nash, ancoram o ambiente com história e originalidade.

Os laços da Longchamp com o mundo da arte estão em plena exibição em toda a loja.
A coleção particular da marca juntamente com peças recém-encomendadas, conferem ao espaço uma atmosfera de galeria.
Os destaques incluem cerâmicas e esculturas de artistas como Dorothée Loriquet, Bobby Silverman e Tanaka Tomomi.

Suas obras refletem o compromisso da marca com materiais naturais, superfícies táteis e design orgânico.
Em uma mudança deliberada em relação ao layout tradicional de varejo, a área central foi aberta para incentivar a conversa.
Em vez de focar apenas na exposição de produtos, o espaço bem iluminado convida os hóspedes a permanecerem e se conectarem, espelhando o ritmo de um apartamento parisiense transplantado para o contexto nova-iorquino.

A narrativa visual prossegue com peculiaridades intencionais: letreiros de neon, grafites feitos à mão pelo artista André e objetos de arquivo que remontam à herança inicial da marca como fabricante de acessórios de couro para tabaco e jogos de viagem.
Esses elementos nostálgicos complementam o espaço, criando uma ponte entre o passado e o presente.
Esta revitalização faz parte de um movimento maior dentro da marca para remodelar a experiência na loja.
Ela reflete uma mudança no varejo de luxo, do transacional para o experiencial.
Ao criar um espaço onde design, narrativa e detalhes sensoriais convergem, a Longchamp defende um novo tipo de flagship, enraizado na memória e na conexão humana.
“O varejo evolui rápido, mas a arquitetura deve perdurar”.

“Queríamos criar algo ousado e alegre, mas acolhedor e atemporal, um espaço semelhante a um apartamento que convidasse as pessoas a ficar”, diz Neil Hubbard, sócio do Heatherwick Studio.
“Dos tapetes verdes esvoaçantes sob colunas de carpete verde aos móveis curvos que parecem personalizados, mas habitáveis, tudo foi projetado para ser unificado e humano”.
“Até as paredes de tijolos vermelhos no térreo, destinadas a receber instalações rotativas, ajudam a ancorar o espaço nas raízes industriais do SoHo, ao mesmo tempo que criam espaço para surpresas”.
Fonte: Design Milk I Caroline Williamson
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: bfa
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