Este projeto de renovação do Kazuteru Matsumura Architects, situado em uma casa tradicional japonesa perto da Estação Kiyomizu Gojo de Kyoto, reimagina o espaço como uma confluência para viajantes, muito parecido com uma baía que nutre uma vida diversa enquanto mantém sua conexão com o rio principal.
O design do café abraça a estética da comunidade local e a história arquitetônica de Kyoto, tornando-o um local acolhedor para turistas diurnos que buscam tanto descanso quanto uma experiência cultural imersiva.
No cerne da renovação está um profundo respeito pela estrutura original do edifício, que havia sido alterada por várias renovações anteriores.
Sob a orientação do mestre carpinteiro Masaaki Okimoto, a equipe meticulosamente desmontou e reconstruiu a machiya, equilibrando a necessidade de reforços modernos com uma dedicação à preservação da elegância da paisagem urbana.
O exterior, antes coberto por renovações posteriores, foi restaurado à sua forma tradicional, com grandes janelas de vidro e portas de correr agora conectando o interior à rua, permitindo que o café flua naturalmente para a cidade.
No interior, o design continua essa mistura harmoniosa do antigo e do novo.
Os painéis de madeira tingidos de índigo na cozinha, uma colaboração com a artista Yuko Yamamoto, servem como uma peça central marcante, incorporando a ênfase do projeto no artesanato e na expressão artística.
Os materiais do interior, desde balcões de papel washi por Wataru Hatano até tetos de aço cromado, mostram uma interação entre elementos tradicionais e industriais, resultando em um espaço que parece atemporal e contemporâneo.
O arranjo cuidadoso dos móveis, projetado por Naomi Toda e Yuto Sasaki, junto com instalações de arte de artistas locais, aumenta ainda mais o papel do café como um centro cultural onde os visitantes podem se envolver com a arte em um ambiente casual e acolhedor.
A estrutura única do café, que inclui instalações como chuveiros e armários, e seu sistema de taxas baseado em tempo, o distingue dos cafés típicos.
Ele foi projetado não apenas como um lugar para desfrutar de café, torrado com maestria por artesãos locais, mas como um espaço para relaxar, refrescar e absorver a rica paisagem artística e cultural da cidade.
Fonte: This is Paper
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Yoshiro Masuda
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