No Julius em Berlin, uma cortina branca pende da janela voltada para a rua “um jogo entre o interior e o exterior, como diz a proprietária Inga.
Esse véu suave diz tudo: pensado, calmo, discretamente seguro de si.

Este não é um típico restaurante berlinense.
Situado na paisagem mutável de Wedding, o Julius é tanto um restaurante quanto uma experiência espacial, que prioriza a clareza em vez do espetáculo e a substância em vez do barulho.

O interior parece uma meditação de design: mesas de nogueira e um bar personalizado, todos feitos à mão, trazem um aconchego acolhedor ao espaço minimalista.
Acima, um teto de concreto aparente introduz a dose certa de contraste bruto.
A atmosfera é refinada, mas nunca indiferente.

A luz natural desempenha um papel fundamental.
Durante o dia, ela se filtra suavemente através de cortinas transparentes; à noite, luminárias de design japonês oferecem piscinas de brilho âmbar.

Cada detalhe parece ter um propósito, nada desnecessário, nada exagerado.
O ritmo culinário do Julius reflete sua linguagem de design.

As manhãs trazem doces delicados e brioches excepcionais, um com infusão de matcha, outro com geleia cítrica caseira.
Um cardápio de almoço curto e bem pensado muda semanalmente.
Os jantares são reservados, intimistas e discretamente aventureiros.

Não se trata de Neukölln cool ou Mitte polish.
É Wedding reimaginado, com humildade, cuidado e um senso de foco interno.
O Julius não pede para ser o centro das atenções, mas de alguma forma se torna inesquecível exatamente por esse motivo.
Fonte: This is Paper
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Julius
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