A casa, projetado pelo escritório de arquitetura WORJ, situa-se suvamente no sopé da Montanhas de Santa Cruz, entrelaçando de forma coesa os restos de uma antiga fundação em uma nova visão arquitetônica com vistas deslumbrantes da Baía de São Francisco.

O projeto integra graciosamente as ruínas de uma antiga fundação, originalmente destinada a uma casa parcialmente construída em estilo espanhol, em uma narrativa arquitetônica renovada.

Em vez de simplesmente preservar o que já foi, o projeto transforma a condição existente com novos princípios de ordem, ritmo e estrutura.

Mesmo antes da nova forma tomar forma, o conceito de “trompas” foi inspirado pela ideia de instrumentos musicais.
A casa é concebida como um conjunto de instrumentos, cada um afinado de acordo com os ciclos do dia e as mudanças das estações.

Ela captura a interação da luz, o crescimento e a decadência da natureza e o caráter único da paisagem enevoada da Baía.
O projeto começa restaurando a topografia natural da encosta, reincorporando o nível inferior da casa ao solo.
Isso cria dois ambientes distintos.
Acima, uma casa térrea ergue-se na colina, com suas paredes suavemente encostadas ao solo em todos os lados.
No interior, um amplo espaço aberto serve como área de encontro para refeições, cozinha e convívio.
O teto apresenta uma série de abóbadas elípticas invertidas coroadas por claraboias e claraboias, cada uma projetada para captar a luz de um ângulo específico.

Uma quilha baixa e sutil percorre o centro, dividindo suavemente o espaço, enquanto uma impressionante lareira de pedra, esculpida em mármore Danby, de Vermont, ancora o coração da casa.
Abaixo, a seção inferior se desdobra em uma série de câmaras singulares.

Em seu centro, encontra-se uma área de banho em forma de caverna, sustentada por uma coluna ovoide esculpida em pedra.
Essas salas se abrem seletivamente para pátios rebaixados, criando uma série de conexões íntimas com o prado e o horizonte distante.

Ao redor da casa, a encosta retorna ao seu estado natural.
Um prado de gramíneas nativas da Califórnia, plantas perenes, arbustos e carvalhos vivos, de baixa umidade, cria uma paisagem multifacetada que reflete a complexidade da casa.

Este terreno cuidadosamente selecionado estende a experiência arquitetônica ao mundo natural, tornando a casa e seus arredores um instrumento unificado e afinado para vivenciar o mundo em transformação ao seu redor.
Fonte: This is Paper
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Nick Dearden
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