Um vazio urbano, criado pelas várias descontinuidades associadas à autoestrada da cintura interior do Porto, acolhe a torre projetada pelo Ooda Architecture e destinada ao alojamento de estudantes.
Começando com uma fundação quadrada e passando para uma seção circular, o edifício emerge da paisagem.
Envolto por importantes acessibilidades, o local integra-se entre volumes ortogonais isolados voltados para as grandes estruturas rodoviárias que atravessam a cidade.
Desenhada com uma planimetria circular, ligada ao movimento que a envolve, a torre oscila entre se constituir como uma marca industrial e residual da cidade ou como uma marca referencial e formal numa paisagem incrédula.
A capacidade de exceção anda de mãos dadas com sua qualidade de regulação de formas e escalas díspares.
Em termos compositivos, os topos superiores e inferiores e o piso térreo destinam-se a usos coletivos, partilhados e animados pelos seus utilizadores.
Na coluna da torre desenvolvem-se apartamentos radiais, associados a propósitos linguísticos e imaginários clássicos.
Os módulos reúnem as infraestruturas ao centro, contíguas aos acessos comuns e libertam planos com mutabilidades e dualidades úteis para o exterior.
Oscilando entre o desejo de verticalidade e a horizontalidade, os anéis de alturas diferenciadas constroem uma cortina antes do fechamento em cabeceira das habitações, proporcionando uma galeria dividida em varandas.
O terraço é a coroação que busca as vistas panorâmicas.
Fonte: Architizer
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Architizer
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