O escritório Archiee criou um código de design específico para a marca Hanscool.
Atualmente, duas boutiques lançaram variações desse conceito para seus espaços comerciais.
Ambas as butiques têm declinações diferentes em seu núcleo de varejo, uma quadrada e outra circular.
Este conceito pretende ser adaptável a uma série de lojas desta nova marca de moda com sede na China.
Originalmente um fornecedor de tecidos para empresas de moda globais, a Hanscool decidiu lançar sua própria linha de moda.
A marca não só se distingue por produzir e utilizar tecidos de alta qualidade, como também pela capacidade de repensar detalhes, como novas técnicas de costura para a sua nova marca, modernizando algumas das suas confecções.
Sua experiência é o elemento chave que inspirou o design do Archiee para o espaço.
Para expressar visualmente a identidade da marca, a equipe reinterpretou arquitetonicamente o tecido, criando uma variação de painéis de madeira.
Um dos painéis tem tiras tecidas de folheado flexível em torno de postes de madeira, destacando os elementos da grade que se assemelham a um pedaço ampliado de tecido.

Todos os painéis são criados com variações de madeira, material escolhido para evocar a arquitetura tradicional asiática.
Uma rica composição de paletas surge com diversas texturas, tons e acabamentos como uma técnica de acabamento tradicional japonesa.
Refletindo sobre a necessidade de ter uma boutique física na sociedade digital de hoje, levou o escritório a criar um espaço experimental em vez de um típico espaço de varejo.
Para conseguir uma loja não convencional, a equipe decidiu fechar o espaço de varejo com painéis e condensá-lo no centro da loja.
Isso resultou no espaço de varejo cobrindo cerca de metade do volume total.
Embora a princípio essa estratégia possa ser considerada contra-intuitiva, ela possibilitou a criação de um ambiente mais hospitaleiro para a descoberta da marca, além de uma agradável circulação pelo espaço.

O layout emprega a utilidade do inútil definido na filosofia ying-yang.
O projeto abraça os benefícios de ter simultaneamente espaços condensados e iluminados.
Os clientes passam por uma entrada misteriosa que leva a uma área de montagem elegante e confortável, bem como a uma seção de exibição visual tridimensional para finalmente chegar a um espaço de caixa semelhante a um lounge.
Essas diferentes áreas criam uma experiência hospitaleira excepcional que não apenas destaca a mercadoria, mas também apresenta com eficiência a identidade da marca ao cliente.
Em primeiro lugar, o foco do escritório foi criar uma narrativa a partir da perspectiva do cliente, em geral marcada pela autenticidade clássica interrompida pela adição de pequenos detalhes modernos.
Em segundo lugar, o projeto abraça as vantagens de ter alguns espaços sem mercadoria, acolhendo assim espaços mais leves e com diferentes utilizações para a concepção de uma loja.
As lojas de varejo devem se adaptar às demandas de nossa sociedade moderna.
A experiência de varejo não se limita mais apenas à compra de mercadorias, e é por isso que o design da equipe oferece aos clientes uma experiência de varejo “inútil” alternativa à convencional.
Fonte: Architonic
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Kenshin Horikoshi
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