Numa malha urbana consolidada, no centro de Ponta Delgada, este projeto liderado pelo Box Arquitectos, responde a um programa de pequena moradia unifamiliar com dois lanços, onde o piso inferior acomoda uma única área social, enquanto os dois pequenos quartos se situam no piso superior.
Com apenas 4,20 metros de frente, sem espaço para circulação do perímetro urbano, a fachada resulta no imaginário infantil de uma casa desenhada.
Nesse sentido, a fachada principal é exclusivamente a fronteira entre o interior e o exterior, não havendo razão para relação entre ambos, além de estar no seu caminho.
O programa se desenvolve sem a necessidade de transição ou divisão de espaços.
O único espaço social da casa ganha dimensão em profundidade ao encontrar o jardim no final do espaço.
O jardim estabelece o equilíbrio com a casa e a adição privada no final do lote.
No andar superior, o quarto leste ganha um terraço, de onde é possível visualizar as casas que compõem a forma urbana, tão característica do bairro.
A necessidade de simular uma maior amplitude espacial é possibilitada pelas claraboias na cobertura inclinada, que recebe a luz e a espalha pelos espaços interiores, funcionando como um “diafragma”, aumentando a “perspectiva vertical”.
Fonte: Archilovers
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Ivo Tavares
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