CACTO

O projeto do Grizzo Studio para o Cacto em Buenos Aires, surge de uma peça principal: uma grande lareira que organiza o espaço.

Em sintonia com as telhas e tijolos de barro que estavam na fachada original, optou-se por continuar com a mesma linha de materiais rústicos, gerando texturas e inserções que chamam a atenção dos pedestres.

O revestimento da fachada foi desenhado a partir do corte de azulejos coloniais que resultou em seis peças de diferentes seções que compuseram os módulos de colocação.

Da experimentação e da busca por obter curvaturas nos tijolos, uma grande peça protagonista foi fabricado que expande seu diâmetro à medida que cresce em altura.

Através das lacunas na textura do tijolo, um jogo de iluminação simula o fogo do forno onde são feitas as pizzas.

As instalações originais tinham um teto abobadado que foi restaurado e valorizado.

Para a calçada foram utilizadas telhas de tijolo para gerar continuidade entre os planos horizontais e verticais da fachada.

Para o design do mobiliário, buscamos romper com texturas rústicas.

Uma pausa moderna, com superfícies brilhantes e polidas, onde se mantém a repetição de elementos para formar prateleiras e barras.

Para a impermeabilização foi utilizada chapa bruta polida com laca de poliuretano.

Para obter continuidade entre o piso e a frente do bar, foi utilizado um material à base de cimento e pedra hidrolavado fabricado no local, que permitiu a geração de uma curva entre planos.

Para formar os espaços de armazenamento e banheiro, foram propostos dois módulos unidos por uma fita curva.

Tanto os módulos quanto o restante das paredes estão cobertos de respingos em duas cores diferentes.

Procuramos uma expansão física e visual através de uma estrutura revestida externamente com telhas de tijolo que possui um grande banco de metal e vaso de flores delimitando o espaço e protegendo a rua de veículos.

A marca foi desenhada em conjunto com o Turkey Studio.

Procuramos uma imagem descontraída com referências aos gráficos publicitários argentinos de outros tempos.

Fonte: Archilovers

Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br

Imagem: Frederico Kulekdjian