As lojas de departamento e as marcas independentes sempre tiveram um relacionamento tenso.
Mas com o varejo em desordem, será que eles poderiam formar uma aliança e se levantar do nada?
Segundo relatos recentes, muitas grandes marcas planejam retirar seus produtos de lojas de departamento, shoppings e outras redes atacadistas após a pandemia, para se concentrar mais em plataformas diretas ao consumidor, onde as margens são mais saudáveis.
Isso prejudicará as lojas de departamento, mas também significa que haverá mais espaço em suas prateleiras para marcas menores.
Em teoria, poderia ser mutuamente benéfico.
Algumas lojas de departamento, especialmente na Europa e no Japão, são boas em descobrir talentos.
No entanto, muitas vezes dependem excessivamente de marcas conhecidas, que têm bases sólidas de clientes e, como resultado, muitas de suas lojas têm a mesma aparência.
Se as lojas de departamento defendessem marcas pequenas de maneira mais efusiva, elas poderiam estabelecer pontos de vista distintos e colocar suas reivindicações como locais de descoberta.
Ao mesmo tempo, há um risco muito real de que a pandemia acabe com uma geração de marcas menores.
Algumas serão arrebatadas por conglomerados e muitas outras fecharão.
As lojas de departamento podem representar uma tábua de salvação.
Historicamente, pequenas marcas estão à mercê de lojas de departamento, cujas vendas expressivas, rotatividade sazonal rápida e merchandising geralmente genérico podem ser prejudiciais.
Agora que as marcas estão contra a parede, elas podem estar mais dispostas a falar pelo que querem.
Da mesma forma, as lojas de departamento podem ser mais propensas a abraçar o risco significativamente maior que vem da estocagem de pequenas marcas sobre os nomes das famílias.
É uma aposta. Mas às vezes as melhores soluções nascem da angústia.
Fonte: Monocle I Opinion Jamie Waters I
Tradução I Edição: www.pauloguidalli.com.br
Imagem: divulgação
Deixe um comentário