Quando Anna Truiol criou o Artchimboldi em 2005, ela mesma projetou e decorou o escritório de negócios, transformando-o constantemente.
Agora, juntamente com a sua amiga arquiteta e colaboradora em outros projetos. Emma Martí, elas renovaram a sede original da Artchimboldi na Dreta de l’Eixample de Barcelona com o objetivo de inundar o espaço de luz e introduzir o calor da madeira para alcançar uma atmosfera cheia de criatividade e também de conexão.
Anna e Emma optaram por preservar elementos originais, como molduras, pisos de mosaico Nolla e detalhes de carpintaria, para manter a autenticidade e o caráter histórico da casa.
Elas decidiram atualizar os quartos introduzindo dois materiais principais: madeira de pinho e vidro texturizado.
A madeira traz acolhimento e, quando não tratada, dá um toque moderno aos espaços, destacando-se numa base modernista.
A aplicação destes materiais, fio condutor do projeto, foi realizada na entrada, nas diversas portas que separam os quartos, na zona dos lavabos, no corredor e também na galeria.
A entrada se faz através de um cubo desenhado em madeira de pinho não tratada e vidro, que permite a entrada de luz e cria um espaço relaxante.
No interior foram instaladas diversas portas de correr com guias expostas, que permitem separar ou integrar as áreas de trabalho com um simples movimento.
Esta intervenção melhorou a funcionalidade e maior flexibilidade aos espaços interiores, permitindo a sua ampliação ou redução de acordo com as necessidades dos visitantes.
“As empresas precisam de flexibilidade para se reunir, se dividir em grupos, mudar os móveis, mudar o cenário e é possível fazer isso com naturalidade”, explica Anna.
As portas de separação e as portas de acesso à banheiro e ao cubo de entrada, têm uma altura de cerca de três metros, uma beleza e leveza que foi realçada pela utilização do perfil de madeira mais fino possível.
Na galeria foram instalados bancos em pinho, que dão continuidade à intervenção dos espaços restantes tornado um espaço agradável e com muita luz para reuniões em pequenos grupos.
No acesso aos banheiros se optou por instalar duas portas de cada lado, em madeira de pinho e vidro e que ligam ambas as casas de banho com uma divisória que permite a entrada de mais luz e uma melhor vista.
Emma e Anna quiseram “limpar” o Artchimboldi de elementos supérfluos ou insignificantes, sempre com a ideia de simplificar, ir à essência, criando um espaço harmonioso.
Neste sentido, os tetos foram eliminados para aumentar a amplitude e a altura dos quartos.
Foram instaladas guias de iluminação com focos para simplificar a iluminação, além de destacar o sistema construtivo e outros elementos, como o sistema de aquecimento/ar condicionado.
Para este último, optou-se por um tubo espiral de aço galvanizado pintado de branco.
Na verdade, com algumas exceções como as passagens, que são pintadas de preto, o branco foi preferido para iluminar as áreas de trabalho.
A renovação desta habitação modernista representa uma aposta na preservação e valorização do patrimônio arquitetônico da cidade, adaptando-o às necessidades de um espaço polivalente.
Anna fez a seleção do mobiliário, recorrendo aos mercados europeus e criando peças modulares únicas, como as mesas de reunião, que permitem utilização e funcional.
Nesse sentido, a intenção de Anna é conectar as pessoas de forma profunda, explorar a hospitalidade como canal de pertencimento, conforto, empatia e confiança.
“Sentimos que pertencemos quando nós nos reconhecemos naqueles que nos rodeiam, por isso a beleza simples e próxima é importante”.
“No coração da hospitalidade está o sentido de comunidade”, explica Anna.
Em sintonia com os seus ambientes, o Artchimboldi oferece todos os serviços necessários para organizar uma reunião de empresa: tecnologia, ferramentas, mobiliário, ideias, organização e serviço de cozinha, que é fundamental, porque “as melhores festas ou os melhores momentos começam e terminam numa cozinha”, acrescenta Anna.
Fonte: Architonic
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: Pol Viladoms
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