Era 1949 e o designer dinamarquês Hans Wegner estava na praia, cavando na areia com uma pá.
Quando encontrou a posição perfeita para descansar à beira-mar, decidiu fazê-la em algo mais resistente.
Resultado: a cadeira Flag Halyard, uma estrutura de aço enrolada em corda comumente usada para mastros de bandeiras.
A forma ergonômica, semelhante a uma nave espacial, mais tarde aconchegada com pele de carneiro, fornecia uma peça confortável que permitia que o usuário assumisse uma variedade de posições.
O próprio Wegner incluía dois travesseiros laterais, além do descanso de pescoço característico.
Revelado em Copenhague em 1950 em uma exposição no Design Museum Danmark, o projeto recebeu críticas mistas.
O arquiteto Kaare Klint comparou isso a algo do consultório de um ginecologista.
Mas desde o início, as pessoas da moda bajularam a cadeira.
Ela foi espalhada em revistas, com modelos posando em seu assento de corda bem enrolado.
Mas a cadeira foi difícil de fazer. Durante várias décadas foi fabricado pela marca dinamarquesa Getama em pequenas quantidades.
E no final dos anos 80 saiu completamente de produção.
“Estava à frente de seu tempo”, diz Kasper Holst Pedersen, proprietário da terceira geração da fábrica de móveis dinamarquesa PP Møbler, que reiniciou a produção da cadeira em 2000.
“Mas por 10 ou 15 anos, tem sido um dos nossos principais produtos em quase todos os mercados”, diz Kasper.
“Não é muito confortável para socializar”, diz a estilista Kate Young, que mora com uma em Woodstock, Nova York, “é melhor para descansar ou ler”.
A designer de interiores Fawn Galli diz que costuma colocá-los em salas de projeção.
Como diz a designer Jennifer Bunsa, que tem uma peça no seu apartamento em Miami), “é uma cadeira para o máximo de relaxamento”.
Fonte: AD I Hannah Martin
Tradução I Edição: pauloguidalli.com.br
Imagem: PP Mobler
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